terça-feira, maio 25, 2010

Entrevista ao treinador Paulo Jorge

"Olhando para trás sei o que encontrei quando cheguei, o que fazíamos e o que conseguimos alcançar, e isso é que me deixa satisfeito."
O voleibol sénior feminino do A.C.Juventude volta a escrever mais uma página na sua história, conseguindo uma vez mais a continuidade na próxima época na divisão A2.
Entrevistámos o treinador Paulo Jorge para nos fazer um balanço desta época que acaba agora.
Quais as principais dificuldades que surgiram ao longo da época?

Foi uma época difícil tendo em conta, que este ano a equipa efectuou a época inteira sem duas das jogadoras que na época anterior faziam parte do seis inicial e uma terceira que devido a compromisso profissional só viria a reforçar a grupo em Janeiro.

Tendo em conta que o grupo não era extenso, e denotando algumas limitações em termos técnicos e tácticos na abordagem ao jogo, deu-se prioridade a trabalhar esses défices.

Desde o inicio sabia que a missão não era fácil, pois o clube também não apresentava um escalão de formação júnior onde se pudesse recrutar atletas ou adquirir com facilidade atletas do mesmo nível para jogar na divisão A2.

Ao nível do rendimento, na primeira metade do campeonato a equipa oscilou várias vezes, não só reflexo do número de atletas no treino, mas também, porque o grupo levou algum tempo a assimilar alguma cultura técnico-táctica de jogo que se alterou em relação à época anterior.

Contudo denotei que a equipa a partir de Dezembro ficou um pouco mais madura e consistente tendo também coincidido ainda com o regresso de outra atleta que nos veio dar uma maior estabilidade na defesa e recepção assim como uma alternativa importante no ataque em Z4 (zona de ataque determinante da rede).

Penso que a equipa ganhou novo alento para lutar pelos objectivos pretendidos quando alcançou uma vitória na Póvoa de Varzim por 1 – 3 diante do C.D. Póvoa. Mesmo sendo uma 1ª fase difícil, considero que a equipa fez jogos surpreendentes contra equipas do topo da tabela (equipas essas com outros argumentos físicos, técnicos e condições de trabalho).

A 2ª fase foi um período que de notei que a equipa estava mais compacta e interligada nos movimentos quer defensivos e ofensivos, quer na construção de jogo (partindo da agressividade no serviço).

Quais foram os objectivos traçados para esta época no campeonato A2?

O que me foi pedido pelo clube em termos classificativos foi a manutenção, e que foi conseguido, mas quando falamos em objectivos e vendo o panorama interno, tracei como prioritário melhorar aspectos importantes como físico, técnico e táctico.

Os resultados que alcançaram estão dentro do que se esperava e desejava?

Depois de fazermos uma auto-análise do nosso percurso, especialmente na 1ª fase, “sabe sempre a pouco”, mas não me posso esquecer que esta equipa é jovem, apresentando alguns desequilíbrios e limitações em termos estatura e de soluções no ataque.
Há que não esquecer que fizemos 28 jogos praticamente com um só distribuidor, duas atletas de Z3 e um oposto Z2, deixando as restantes zonas 4 com mais alternativas.

Qual o momento determinante e de viragem durante a época?
Penso que houve dois momentos determinantes. O primeiro no jogo contra o C.D.Póvoa no qual tínhamos de vencer em casa do adversário e onde acabámos por consegui-lo por 3-1. O segundo momento foram as vitórias em casa frente ao Boavista F.C por 3 – 1 e frente ao Vitória de Guimarães por um expressivo 3-0, o que nos permitiu encarar a parte final com mais esperança no que diz respeito aos objectivos traçados (manutenção).

Qual a sua opinião relativamente a este grupo de trabalho?

Para além de ser um grupo com idades variadas, penso que é uma equipa que ainda tem muito para dar em termos de voleibol. Quanto a trabalho, considero que este grupo terá que aprender a lidar com treinos de maior intensidade e de maior volume de trabalho. Acho no entanto inédito e de louvar que dentro do grupo, algumas pessoas para além de serem atletas ainda sejam dirigentes, motoristas e tratem de todas as burocracias e logísticas que uma equipa nesta divisão exige. Não me lembro de tal coisa acontecer na nossa região no voleibol feminino.

Relativamente ao grupo que lidera, pensa que temos atletas com capacidades e margem de progressão no voleibol?
Penso que sim, aliás, desde o primeiro dia de balneário que o referi. No entanto, terá que se treinar com assiduidade, intensidade e volume de treino para se atingir alguma evolução, tem que se subir degrau a degrau. Nem todas as jogadoras têm as mesmas capacidades, mas há algumas atletas que continuando a evoluir, poderão atingir um patamar que lhes pode permitir jogar noutras equipas que tenham outros objectivos.

Quais as suas expectativas em relação a esta equipa?

As expectativas que eu tenho é de querer continuar a ver as atletas a crescer e a evoluir pois mesmo no escalão sénior há que lhes continuar a dar.
Em termos classificativos e desportivos, isso irá depender do material humano disponível para continuar a trabalhar. Penso que esta equipa necessita de alguns ajustes de forma a se equilibrar e a poder ter outras opções, por forma a poder lutar por objectivos com mais tranquilidade.
Se a qualidade e quantidade dos atletas for maior e melhor nos treinos, também estes serão mais competitivos e isso terá consequências positivas no rendimento quer da equipa, quer individualmente.

Que balanço final faz da época transacta?

Claro que quando falamos em termos classificativos, só podemos dizer que foi muito positivo, mas também temos que considerar as circunstâncias em que o conseguimos.
Olhando para trás sei o que encontrei quando cheguei, o que fazíamos e o que conseguimos alcançar, e isso é que me deixa satisfeito.

ACJ assegura manutenção na A2


Ao longo de 10 jornadas, a equipa sénior feminina conseguiu manter-se na divisão A2, graças ao espírito de sacrifício e árduo trabalho nestas últimas semanas. A precisar de vitórias, uma vez que o risco de descer era eminente, as leirienses conseguiram ganhar na última jornada contra a Académica de Coimbra por 3-0, ultrapassando as povenses no quinto lugar no ranking.

terça-feira, março 09, 2010

2.ª Fase - ACJ 0 vs 3 FC Boavista

(Texto retirado do site http://boavistavolei.blogspot.com/)

A primeira jornada desta segunda fase da A2 trouxe esta tarde ao pavilhão Pêro Vaz de Caminha um jogo entre o Boavista FC e a equipa leiriense da AC Juventude. Num jogo em que era vital amealhar os dois pontos em disputa, as Panteras não vacilaram e acabaram mesmo por vencer a partida por 3-0.
O 1º set foi de altos e baixos para as duas equipas. Ambas dispuseram de boas vantagens no marcador mas que acabariam por ser superadas pela equipa contrária. A equipa da AC Juventude começou com uma pequena vantagem no marcador (3-6) mas que rapidamente foi anulada pela equipa Axadrezada (6-6). A partir daqui as Boavisteiras pegaram no encontro e conseguiram uma vantagem de três pontos que se ia mantendo em vários parciais, uma vantagem escassa mas que ia sendo gerida pela equipa da casa. Mas essa gestão manteve-se apenas até ao 14-11, daqui para a frente as leirienses iniciaram a primeira recuperação relevante, passando para a frente por 15-18. Responderam as Boavisteiras quando conseguiram anular a desvantagem para apenas um ponto 19-20. A equipa adversária tentou definitivamente partir para a vitória no set, e quando fez o 21-24 e se preparava para festejar a vitória no set eis que as nossas Panteras afiaram as garras e foram calmamente fazendo o seu jogo, a jogar no estilo "ponto-a-ponto" as Boavisteiras foram aproximando-se das leirienses, a concentração mantinha-se no máximo e quando o 24-24 chegou houveram grandes festejos na bancada.
Depois manteve-se algum equilíbrio até ao 26-26, altura em que o Boavista partiu para a vitória no set, os dois pontos consecutivos conseguidos terminaram com o 1º set com a vitória a sorrir à equipa da casa por 28-26.

O 2º set trouxe um domínio avassalador das nossas Panteras. Empurradas pelo apoio do frenético público que entretanto encheu o pavilhão, as Axadrezadas "atropelaram" uma equipa do AC Juventude que tentava, sem sucesso, contrariar a nossa equipa. O 13-3 inicial não deixou qualquer tipo margem de manobra à equipa do Lis, que o melhor que conseguíu foi mesmo reduzir para 13-7, quatro pontos consecutivos que serviram para espicaçar ainda mais as Panteras. O que se viu a seguir até ao 25-11 final foi um Boavista "vintage". O excelente jogo colectivo arrasou a empenhada e esforçada equipa da AC Juventude.

O 3º set começou bastante bem para as leirienses, a vantagem inicial de 2-7 demonstrava que este set iria ser bem diferente do set anterior. Respondeu "à letra" a equipa da cidade do Porto conseguindo o empate a 8-8, neste ponto do encontro a equipa de Leiria voltou ao comando das operações e conseguiram mesmo uma vantagem de quatro pontos (9-13). E num jogo de inúmeras recuperações, coube às Boavisteiras a derradeira recuperação, anularam a desvantagem, passaram para a frente e só pararam mesmo no 25-18 final. Foi o fim deste set e do jogo com a vitória a ficar para a equipa do Bessa.

Vitória muito importante e justa para as nossas séniores. Era imperioso vencer este encontro, não só pela motivação que concerteza trará à nossa equipa, mas também por se tratar de um confronto directo com uma equipa que lutará arduamente pela manutenção na A2. A equipa da AC Juventude mostrou mais uma vez o que dela já se sabia, uma equipa muito esforçada e bem orientada que poderia ter causado dores de cabeça às nossas Panteras.

AC Juventude 1 - 3 Boavista FC

(Texto retirado do site http://boavistavolei.blogspot.com)

O pavilhão Pêro Vaz de Caminha assistiu esta tarde a um jogo entre duas equipas muito próximas na tabela classificativa. As Axadrezadas, em 8º lugar, receberam a equipa da AC Juventude, 9ª classificada, e acabaram por sair vitoriosas por 3-1.
No 1º set entraram melhor as Panteras, assumindo desde logo o controlo do jogo e sem dar margem de manobra à equipa visitante. Com um jogo fluído e com um ataque eficaz as Panteras iam ganhando vantagem no marcador, e o melhor que as leirienses conseguiam era reduzir a desvantagem a espaços (de 13-8 para 17-14 é mostra disso mesmo), no entanto quando a equipa da casa fez o 22-15 já poucos duvidavam do desfecho deste set, que acabaria mesmo por ser favorável às Boavisteiras por 25-17.
O 2º set começou com o Boavista em grande, ganhando uma vantagem considerável logo no início de 8-1, tudo se preparava para um set tranquilo para as Boavisteiras, no entanto quando o Boavista fez o seu 12º ponto a AC Juventude acordou para o set, com uma recuperação espantosa foi diminuindo a desvantagem até conseguir chegar mesmo ao empate a 15-15, daí para a frente as leirienses, bastante esforçadas, não mais pararam e foram ganhando vantagem perante uma certa letargia das nossas atletas que não conseguiam inverter a tendência do jogo, quando o 18-22 apareceu as visitantes não permitiram nem mais um ponto às Panteras e venceram o set por 18-25.
O 3º set teve de tudo, muito equilíbrio nos pontos iniciais do set, com empates consecutivos até ao 5-5. A partir deste parcial as Boavisteiras tomaram conta do set de uma forma completamente avassaladora, os pontos consecutivos fruto de um bom jogo levaram a vantagens de 9 e 10 pontos, 14-5 e 22-12. A partir deste "score" pegaram no jogo as atletas da AC Juventude, com mais uma boa recuperação chegaram mesmo ao 24-22 perante o desassossego do muito público presente nas bancadas. No entanto as Panteras mantiveram o sangue frio a acabaram mesmo por "matar" o set por 25-22.
Neste set há que salientar um aspecto negativo do jogo, a lesão da nossa atleta Joana Fernandes num lance debaixo da rede. Mas também uma palavra de agradecimento ao treinador da AC Juventude que se prontificou desde logo para ajudar na assistência da nossa atleta, e uma palavra ao nosso treinador Paulo Pardalejo que se alheou do jogo para assistir convenientemente a Joana. As pessoas, as atletas, estão sempre à frente de qualquer jogo.
No 4º set as nossas Panteras não quiseram passar pelos precalços do set anterior e começaram a ganhar vantagem desde o início, o 8-3 e o 10-6 são disso exemplo. No entanto a equipa da AC Juventude não baixava os braços e começou novamente a encetar uma recuperação no resultado, mas quando apenas distavam um ponto das Axadrezadas (14-13), estas não estiveram pelos ajustes e anularam a recuperação leiriense, os parciais de 19-15 e 21-16 mostram bem a boa resposta das Panteras. Depois foi só manter a toada do jogo e a vitória no set foi apenas uma questão de tempo, o 25-17 final fechou o set, o jogo e a participação de ambas as equipas na 1ª fase do campeonato da A2.
Não se podendo falar numa vitória brilhante, acabou por ser uma vitória justa para a nossa equipa. Frente a uma formação bastante aguerrida da AC Juventude, as Axadrezadas acabaram por se impôr fruto da sua maior experiência e também da sua capacidade individual e colectiva superior ao adversário de hoje. (...)Garantido está o reencontro entre ambas as formações do Boavista e da AC Juventude, com jogos novamente em Leiria e no Porto.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Últimas jornadas

ACJ 0 vs 3 Lusófona VC
20-25
20-25
15-25
Jogo difícil para as leirienses. A recente e jovem equipa lisboeta tem jogadoras bastante altas que dificultaram a construção de jogo.
ACJ 0 vs 3 Juv. Pacense
13-25
15-25
20-25
A equipa nortenha dificultou a recepção no serviço e a defesa no meio do campo.
ACJ 0 vs 3 SC Arcozelo
11-25
09-25
14-25
A jogar em casa, o Arcozelo soube aproveitar o seu ataque, numa partida que as leirienses tiveram desfalcadas no centro e na entrada da rede.
ACJ 0 vs 3 AA Coimbra
14-25
23-25
17-25
O grupo das estudantes estava ao alcance da equipa do Lis, mas não conseguiu mostrar reacção ao nível da recepção.
ACJ 1 vs 3 CF Belenenses
15-25
24-26
25-23
20-25
As leirienses mostraram todo o seu vigor. Apesar das emoções à flor da pele, trabalharam e foram assertivas no seu jogo, conseguindo conquistar um set às segundas classificadas da tabela.
ACJ 3 vs 1 CD Póvoa
25-19
25-20
21-25
25-22
Partida importantíssima para as acjotenses, que conseguiram finalmente uma vitória tão desejada e que as colocou na 9ª posição da tabela.
ACJ 0 vs 3 GC St. Tirso
23-25
20-25
19-25
Num jogo bem mais difícil do que os números podem deixar transparecer o Ginásio conseguiu superiorizar-se nos 3 sets e vencer o encontro por 3:0.
ACJ 1 vs 3 Vitória SC
17-25
25-22
20-25
16-25
Partida bem disputada, mas com erros não forçados e alguma desconcentração das atletas.